Site Confiável alerta sobre sobre golpes e pegadinhas no mês no consumidor

Considerada a Black Friday do primeiro semestre para o varejo, a data que é recente no Brasil vem ganhando força no calendário do e-commerce e promete muita economia para os consumidores, dando sequência ao crescimento histórico para as vendas online no Brasil, que cresceu 73,88% em 2020 com relação a 2019, os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) em parceria com o Neotrust | Movimento Compre & Confie.

Comemorado em 15 de março, o Dia do Consumidor foi originalmente criado pelo ex-presidente John Kennedy para celebrar os direitos do consumidor nos Estados Unidos, em 1962. Já por aqui, o evento ganhou vida em 2014 e vem ganhando espaço a cada ano.

Em 2020, os e-commerces faturaram R$3,62 bilhões na primeira quinzena de março, um crescimento de 23,5% em relação aos 15 dias anteriores. Esses são os dados do relatório da Social Miner, que mostram o potencial do Dia do Consumidor para alavancar as vendas das lojas virtuais. A projeção é que o faturamento do comércio eletrônico cresça 21% em 2021, e o mês do consumidor é o pontapé inicial, dando sequência aos recordes de 2020, onde milhões de novos consumidores aderiram às compras online no momento em que as lojas físicas estavam fechadas.

Mas, onde tem dinheiro, tem espaço para oportunistas que se aproveitam da falta de cuidado desses milhões de novos consumidores para aplicar golpes. De acordo com relatório publicado pela consultoria especializada em proteção de fraudes digitais ClearSale, o número de pedidos realizados em e-commerces cresceu 73,84% com relação a 2019. Entretanto, o crescimento da quantidade de consumidores também veio acompanhado pela maior ação de fraudadores. No mesmo período, a quantidade de tentativas de fraudes no e-commerce aumentou 53,61%.

Além dos golpes, há também as pegadinhas ou maquiagem de preço que no período da Black Friday muito se fala, mas é só na Black Friday? Não é.
O consumidor precisa ficar atento o tempo todo.

Cartão de visita foto criado por ijeab – br.freepik.com

1) Fique ligado nos gatilhos mentais

Cuidado com os gatilhos mentais, que nada mais são que estratégias das lojas para despertar em você, estímulos e sentimentos como: ansiedade, urgência, curiosidade, sensação de escassez, entre outros, que influenciam diretamente em suas tomadas de decisão. Então, fique atento e ciente de que mensagens como: últimas unidades, estoque limitado, últimos minutos e até mesmo uma contagem regressiva podem ser usadas como estratégias de vendas para te fazer comprar mais rápido e sem pensar muito.

Sabe quando você está reservando um quarto em um site de hotel e você descobre que é o último quarto disponível, que 10 pessoas estão olhando aquela oferta, e que aquele preço vai durar apenas 3 minutos? É isso que acaba levando você a tomar uma decisão inconscientemente, sem pensar muito para não perder aquela oportunidade, que na verdade pode ser uma grande estratégia de venda da loja.

2) Planejamento é essencial

Primeiro de tudo, o consumidor precisa ter em mente o que pretende comprar, planejamento é fundamental para não cair nas tentações, e acabar comprando coisas que não precisa. Por exemplo, se você quer comprar uma Smart TV nova, defina modelos, funcionalidades e marcas que você tem interesse e fique de olho, se não você chega pra comprar uma tv de 32″, que é o que cabe no seu orçamento e acaba comprando uma tv de 75″ por impulso.

3) Garantia de preço do seu cartão de crédito

Já imaginou se você tivesse comprado algo no mês passado e agora no mês do consumidor, você encotrasse o mesmo produto mais barato? Poucas pessoas sabem, mas a maioria dos cartões de créditos possuem vantagens e benefícios como a proteção de preço, que assegura a devolução da diferença do valor pago, caso o produto fique mais barato em até 30 dias após a data da compra. Verifique se o seu cartão possui esse benefício e também verifique as regras e condições de uso.

4) Compare preços de forma inteligente

Encontrou uma super promoção? Tá, mas esse preço é o menor preço do dia se comparado a outras lojas? É o menor preço para a forma de pagamento que você deseja pagar? É o menor preço dos últimos 30 ou 60 dias? As respostas para essas perguntas são fundamentais para sua decisão de compra e você pode usar os comparadores de preços para tornar mais fácil a tomada de decisão de compra.

Se você vai pagar parcelado, tome sempre muito cuidado pois a maioria dos comparadores de preços, destacam apenas o valor à vista das lojas e isso pode acabar te levando para uma loja que não tem o menor preço de fato.

Em levantamento feito durante a Black Friday, pelo site Reduza, que monitorou mais cerca de 95.356 buscas, entre os dias 23 a 30/11,  foi identificado que apenas 29,63% delas tinham realmente o menor preço, reforçando a importância do usuário ter esse cuidado o ano todo e não apenas na Black Friday ou Natal.

5) Compare o valor do frete

De nada adianta o preço ser incrível, se o valor do frete não colaborar, por isso, compare o valor final da sua compra, valor do produto + valor do frete. O frete pode representar até 40% do valor de sua compra e pode variar em até 400% em média, de uma loja para outra. Enquanto uma loja pode cobrar R$ 150 pela entrega, uma outra pode cobrar apenas R$ 15 ou até mesmo enviar com frete grátis. O Brasil é um país gigante, e é impossível que uma mesma loja entregue o menor preço com frete no sul e no nordeste, essa informação é personalizada, então use ferramentas de compra que comparem o valor do frete para seu CEP ou região.

6) Verifique se o site é confiável

Todo cuidado é pouco. Viu um preço impraticável por aí? Como uma Smart TV de 55″ 4K por apenas R$ 599? Tenha cautela com preços muito baixos, pois pode ser um golpe. Geralmente os consumidores são atraídos por esses preços agressivos veiculados em anúncios de redes sociais que levam para uma página clonada de uma loja conhecida, com o objetivo de roubar os dados do usuário ou receber o dinheiro através de boleto bancário e não entregar a mercadoria.

7) Use cupons ou códigos de desconto

Busque por cupons de desconto: sua compra pode ficar ainda mais em conta se encontrar um cupom que funcione para o produto que você deseja comprar, tais cupons podem gerar uma economia de até 30%. Tá com preguiça de testar cupons de forma manual? Existem ferramentas que fazem isso de forma automática, busque por testadores de cupons e economize tempo e dinheiro.

8) Economize mais pagando à vista

Formas de pagamento: se o produto oferece um desconto no valor à vista no boleto, no cartão em 1x ou por pix, e se você possui economias que lhe permita comprar à vista, opte por esse forma de pagamento, pois na sua compra poderá representar uma economia real de até 15%, enquanto seu dinheiro parado na poupança, no ano todo, renderia muito menos que isso.

9) Verifique a reputação da loja

Os tempos mudaram e o consumidor ficou mais empoderado com ferramentas que expõe as experiências negativas de consumidores com lojas e isso forma um ranking para qualificar se uma loja é confiável, segura e se realmente respeita os consumidores. Portais como Reclame Aqui e Consumidor.gov.br são boas referências. Veja o histórico de reclamações, taxas de resolução, notas dos consumidores e principalmente, se as pessoas voltariam a fazer negócio com a loja em questão.

10) Dinheiro de volta

Cashback: um recurso que tem caído no gosto do brasileiro é o dinheiro de volta, no qual grandes lojas como Americanas e Magalu criaram plataformas com o objetivo de fidelizar seus consumidores, devolvendo até 20% do valor da compra em forma de crédito para o consumidor, o que é ótimo. Mas fique sempre atento, pois cashback não é desconto, nem dinheiro e possui limitações de uso.

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