Brecha de segurança no Whatsapp é risco para consumidores na Black Friday

A plataforma de segurança para consumidores, Site Confiável, identificou nos últimos dias uma falha grave que pode fazer milhares de vítimas na Black Friday. A falha permite que pessoas má intencionadas consigam postar qualquer mensagem em um grupo onde somente administradores poderiam postar, ou seja, grupos fechados.

Imagina que você participa de um grupo de notícias, pois confia naquele portal e nos conteúdos que eles postam. De repente, dentro desse grupo aparece uma notícia postada por um número que se passa pelo portal e que pode te levar a acreditar em uma notícia falsa, te convencer a clicar no link e enviar seus dados ou até comprar algo que nunca irá chegar.

Com o sucesso dos grupos de promoções e achadinhos, isso é extremamente perigoso, pois milhões de consumidores participam desses grupos e estão vulneráveis a essas falhas, principalmente por estarmos há poucos dias do mês da Black Friday.

A Meta precisa agir rápido e solucionar o problema de forma definitiva. A falha na API já foi reportada em outras datas, voltou a acontecer no último domingo (22) e ainda continua ocorrendo. Os criminosos voltaram a explorar a brecha em massa, fazendo envios de falsas promoções em grupos de ofertas.

No exemplo a brecha permitiu que uma pessoa que não é administradora do grupo e nem trabalha com a empresa, conseguisse postar um link de uma oferta falsa, podendo causar prejuízos a milhares de pessoas que participam desses grupos.

Em uma análise rápida do link enviado, foi possível identificar que a empresa não possui CNPJ, tem poucos resultados indexados no Google, foi registrada há poucos dias e tem uma categoria de domínio considerada suspeita.

Como evitar prejuízos e identificar as ofertas falsas?

  1. Compre e interaja apenas com links enviados pelos administradores oficiais dos grupos do qual você participa;
  2. Os grupos de promoções não negociam por conversas privadas. As compras devem ser realizadas através de links que direcionam o consumidor para os sites de lojas já tradicionais no e-commerce, como: Amazon, Magazine Luiza, Mercado Livre e outras.
  3. Acesse o grupo, verifique quais são os números dos administradores oficiais dos grupos e adicione-os à sua lista de contatos. A partir disso, confie exclusivamente nas mensagens e links enviados por esses números;
  4. Fique atento ao tipo de oferta ou link publicado. Se o grupo é sobre promoções na internet. Não faz sentido que aquele grupo envie mensagem sobre pix premiado, renda extra, ofertas com preços muito baixos, leilões ou qualquer outro tema que fuja do padrão do grupo que você já acompanha;
  5. Ficou na dúvida? Utilize plataformas como o www.siteconfiavel.com.br e www.reclameaqui.com.br, que ajudam o usuário a identificar e diferenciar sites/lojas confiáveis de não confiáveis.

Ar-condicionado barato? Cuidado! Criminosos aproveitam onda de calor para aplicar golpes

Lojas falsas, promovidas em redes sociais e buscadores fazem vítimas na internet

A última onda de calor que assolou o Brasil no mês de setembro, com temperaturas que passaram dos 40º em diversas regiões do país, fez com que milhares de consumidores sentissem a necessidade de comprar um ar-condicionado, e com o aumento da demanda de interesse pelo produto, as lojas subiram os preços entre 20 a 30%. Paralelo aos preços altos para o produto, surgiram também anúncios em redes sociais e buscadores onde criminosos exploram o interesse e a necessidade do usuário, trazendo produtos com preços bem abaixo do praticado para aplicar golpes.

Imagem: Freepik

Segundo o Google Trends, a média de buscas pelo termo “ar-condicionado” triplicou nos últimos dias, acompanhando o aumento na temperatura por todo o Brasil, abrindo espaço para os e-commerces que comercializam produtos de climatização.

Como evitar golpes ao comprar Ar-condicionado?

A onda de calor que assustou os brasileiros nos últimos dias do mês de setembro deve voltar no mês de outubro, assim como as tentativas de golpes na categoria de produto. Falamos com Alessandro Fontes, cofundador da plataforma Site Confiável (www.siteconfiavel.com.br), ferramenta que ajuda mais de 50.000 pessoas por dia, a verificarem e identificarem golpes, que listou 7 dicas para que os clientes possam fazer compras seguras e evitarem prejuízos na internet, seja na compra de um ar condicionado ou para qualquer outro produto.

 

  1. Cuidado com preços muito atraentes: encontrou uma super promoção com preço exageradamente baixo? Cuidado. É comum que sites fraudulentos tentem atrair a atenção dos consumidores oferecendo produtos populares por preços impraticáveis. A exemplo de um Ar-condicionado que custa em média de R$ 3000, aparecer em anúncios por aproximadamente R$ 1500, é golpe.
  2. Cuidado com falsas avaliações: sabendo que os consumidores buscam por informações antes de concluírem suas compras, os sites fraudulentos podem manipular avaliações, vídeos de depoimentos e até a reputação do produto ou da própria loja. Seja muito cuidadoso e fique atento aos detalhes, isso se estende também a comentários em redes sociais, nem sempre um comentário sobre a loja ou produto é de uma pessoa real.
  3. Desconfie de tudo: a maioria das vítimas de golpes descuidam dos detalhes, inclusive pessoas já experientes. Os sites clonados são um bom exemplo, pois as vítimas acabam comprando ou enviando dados por acreditarem que estão interagindo com o site verdadeiro, como uma loja famosa ou até um banco. O ideal é que para cada compra ou interação, seja feita uma análise da URL e verificação da reputação. Se for um site oferecendo produtos com preços baixos, renda fácil ou algum benefício, atenção redobrada;
  4. Cuidado com anúncios: o caminho mais fácil para os criminosos chegarem nas vítimas são os anúncios patrocinados em buscadores e redes sociais, e é lá que estão a maioria dos golpes hoje. Não confie cegamente em anúncios ou divulgação de influenciadores, verifique sempre antes de comprar ou consumir;
  5. HTTPS ou SSL não é garantia de segurança: muito se ensina sobre o selo de segurança “https”, que serve para criptografar os seus dados durante uma transação, mas lembre-se que isso não é garantia de confiabilidade. Hoje em dia  os sites falsos ou lojas fraudulentas também possuem esses protocolos.
  6. Consulte o CNPJ de forma correta: assim como em uma rede social, qualquer pessoa pode fazer um site e escrever o que quiser nele, inclusive o CNPJ. Consultar o CNPJ que aparece no rodapé do site não é a melhor forma para saber se a empresa é realmente confiável, pois a pessoa que está por trás do site pode colocar qualquer CNPJ ali, inclusive de uma empresa grande, tradicional e confiável, levando você a acreditar que está comprando de uma empresa séria. Descubra através do Registro.br ou do Site Confiável quem é a empresa que realmente está por trás do site que você está prestes a comprar ou se cadastrar;
  7. Cartão de crédito é o meio de pagamento mais seguro: boleto bancário e pix são excelentes alternativas para conseguir um bom desconto à vista, mas também são mais arriscados, pois não possuem mecanismos para reversão do pagamento, caso seja identificado um golpe. Já os cartões conseguem fazer o estorno do pagamento nesses casos;

Fontes lembrou ainda que estamos próximos ao período mais movimentado para o varejo digital e que nesse período as tentativas de golpes também crescem. O usuário precisa se munir de informações, se atualizar sobre os golpes, tomar os cuidados básicos de segurança e usar as ferramentas disponíveis.

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